19 de abr. de 2014

GTO – Prisioneiros da Argola

GTO – Prisioneiros da Argola
Madeira entalhada



Escultura em madeira, sem aplicação de cor. Aparentemente, a madeira está em seu estado natural. Trata-se de obra figurativa pois percebe-se imagens entalhadas bem definidas. 


A base da obra é escavada em madeira percebendo-se os veios no lado externo. O formato da base, circular e sem irregularidades, sugere modificação na estrutura do tronco.


Em meio às figuras humanas entalhadas na base ergue-se o suporte da argola principal, em que estarão agrupadas diversas argolas menores. Tais argolas são diretamente interligadas com as figuras humanas. Percebe-se a valorização da visão frontal da imagem humana – nenhuma figura tem costas.


A obra, por ser tridimensional, permite a visão das figuras humanas sobrepostas e entrelaçadas, por todos os ângulos observados. Deve ser apreciada de perto para que se perceba todos os detalhes.


No último plano, ou no ápice da obra, outra imagem circular surge, com novas figuras em interação.
Vale ressaltar que os traços percebidos, apresentam-se bem definidos, sugerindo o uso de canivete ou outro objeto com ponta fina na execução da obra.


Postado por Raquel Furtado Silva

13 de abr. de 2014

Nívea Bracher - Retratos





 

A tela retrata uma mulher com uma expressão forte, bem definida, um semblante fechado, portanto uma obra figurativa. A pintura apresenta diferentes texturas, em alguns pontos a tinta se encontra mais espessa, em outros, mais diluída a ponto de escorrer, em algumas partes é possível perceber a própria trama da tela e até mesmo o desenho em carvão/grafite.

Sua forma apresenta pinceladas largas, num movimento gestual. As cores variam em tons de preto, azul, amarelo e vermelho, através dessa variação é perceptível um efeito de luz e sombra, principalmente no rosto, o efeito torna-se mais aparente ao se distanciar da tela. 

Postado por Camila Campos

9 de abr. de 2014

Fani Bracher


Fani Bracher
Ossos
Óleo sobre tela
Década 2000


O material utilizado pela artista foi óleo sobre tela. A obra é um tríptico: são três telas distintas do mesmo tamanho, cada qual com sua assinatura, que foram emolduradas juntas, não necessariamente com sentido de continuidade. É figurativa, pois se identifica pedaços de ossos dentro de uma possível caixa mortuária e decorações que se assemelham ao arabesco. Observa-se na estrutura frontal da tela traços de craquelado, sobretudo em algumas partes onde se incide a tinta de cor preta. Cada tela tem perfil peculiar, que ora se coincidem, ora não.

A primeira, da esquerda para a direita, com exceção dos ossos e da caixa mortuária, tem, nos movimentos gestuais, pinceladas mais soltas e contornos menos precisos, dando uma sensação de opacidade e de desfoco, e até mesmo texturas sutis em alguns detalhes. Nas outras duas, as pinceladas são mais leves e precisas, com delineados e formas bem definidos. Todas possuem um caráter tátil, plástico, que simula gestos lineares. 

Nas três telas a composição cromática varia, em sua maioria, em escalas de cinzas e preto, porém com alguns pontos em tons ocres, que aparentam ser ou flores ou fragmentos de ossos. A visão perspéctica da obra não se altera quando da aproximação ou do distanciamento, pois a compreensão de seus elementos permanece inalterada independente do ângulo de observação.










Fotos e descrições por Andrezza Conde
(análise feita para a disciplina Artes Visuais no Brasil I)


1)  O material utilizado pela artista foi óleo sobre tela.
Como sei disto. Quais as características?

 A obra é um tríptico: são três telas distintas do mesmo tamanho, cada qual com sua assinatura, que foram emolduradas juntas, não necessariamente com sentido de continuidade.
 O que caracteriza um tríptico? 

É figurativa, pois se identifica pedaços de ossos dentro de uma possível caixa mortuária e decorações que se assemelham ao arabesco. Observa-se na estrutura frontal da tela traços de craquelado, sobretudo em algumas partes onde se incide a tinta de cor preta. Cada tela tem perfil peculiar, que ora se coincidem, ora não.
O craquelado foi formado devido ao mal uso do material? 
 
A primeira, da esquerda para a direita, com exceção dos ossos e da caixa mortuária, tem, nos movimentos gestuais, pinceladas mais soltas e contornos menos precisos, dando uma sensação de opacidade e de desfoco, e até mesmo texturas sutis em alguns detalhes. Nas outras duas, as pinceladas são mais leves e precisas, com delineados e formas bem definidos. Todas possuem um caráter tátil, plástico, que simula gestos lineares. 

Nas três telas a composição cromática varia, em sua maioria, em escalas de cinzas e preto, porém com alguns pontos em tons ocres, que aparentam ser ou flores ou fragmentos de ossos. A visão perspéctica da obra não se altera quando da aproximação ou do distanciamento, pois a compreensão de seus elementos permanece inalterada independente do ângulo de observação.

8 de abr. de 2014

Yara Tupynambá

Floresta Vale do Rio Doce



Yara Tupynambá
Floresta Vale do Rio Doce
Acrílica sobre Tela (2011)

O material usado na produção do quadro de 1,20 x 1,00 m foi a acrílica sobre tela. A obra escolhida é figurativa. A pintura que representa a diversidade da flora mineira é composta por uma fina camada de tinta, feita por gestos minuciosos e delicados a fim de mostrar os detalhes, texturas e formas distintas das plantas.

Nota-se diferentes planos na obra; à frente a água, onde as plantas mais próximas são refletidas levemente; árvores mais ressaltadas de raízes longas, pintadas por cores mais claras em partes, para indicar seu descascamento; os detalhes do bambuzal também são bem mostrados. À medida que as plantas escurecem e são menos detalhadas, juntamente com o fundo escuro, dá a impressão de afastamento da floresta.
Para atingir o efeito visual desejado, a artista usou abundantemente vários tons da mesma cor, ora para representar folhas menores ou folhagens mais robustas, ora para representar os caules.

A obra me remeteu ao silêncio, à solidão, por se tratar da representação somente da flora, e à escuridão, mostrada pelo fundo escuro e em várias plantas. A pintura parece ter sido inspirada ou ao nascer ou ao pôr- do-sol, pois apesar de ser caracterizada por cores escuras, ainda há claridade chegado às plantas de forma ligeira, demostrada por cores bem claras em alguns troncos e no bambuzal e até mesmo realçando o descascamento de alguns caules.   


 (Detalhe da assinatura da artista)

 (Descascamento)

 (Bambuzal)





Postagem e fotos por: Mariana Soares P.

1 de abr. de 2014

Alberto Delpino

Panorama da Cidade de Mariana retratada por Alberto Delpino


Obras de Alberto Delpino - Óleo sobre tela 1931

Trata-se de uma obra figurativa e linear. As pinceladas de tinta a óleo retrata o céu sobrepondo as montanhas, as cores vão se misturando, o azul celeste e o verde das montanhas dando visualidade entre uma e outra.
Observa-se uma estrada de terra em um ponto estratégico entre as casas e as montanhas, onde se visualiza um cavaleiro descendo sentido a cidade.
A delicadeza com que o pintor retrata os montes em declínio, mostrando as construções das casas, conseguimos até observar a sombra de uma casa sobrepondo sobre as outras e destacando os casarões mais altos. As igrejas são construídas em ponto mais elevado, sendo estas visualizadas de longe. 
O rio que passa na cidade dá um toque especial de luminosidade. As cores usadas nas árvores se misturam com o chão batido e o verde das gramas, destacando as construções, além de um homem que parece estar garimpando no rio. Quando se observa de uma certa distância, não se pode mais visualizar o cavaleiro e o homem que garimpa, tornando estes detalhes não visíveis.

Por Vera Lúcia Luiza de Araújo

 
1) Trata-se de uma obra figurativa e linear. 
O termo linear deve ser explicado..
2) As pinceladas de tinta a óleo retrata o céu sobrepondo as montanhas, as cores vão se misturando, o azul celeste e o verde das montanhas dando visualidade entre uma e outra.
Explique o que você está falando. Ao analisar a composição do quadro encontra-se uma montanha sendo representada.

Observa-se uma estrada de terra em um ponto estratégico entre as casas e as montanhas, onde se visualiza um cavaleiro descendo sentido a cidade
Por qual razão o ponto é estratégico?
 
 

Retrato por Nívea Bracher

Os Retratos pintados por Nívea Bracher (1960, 80, 90 e 2000) possuem um caráter de obras em processo.
Tal efeito visual, referente ao aspecto inacabado das obras pode estar relacionado tanto ao desenho estrutural, visível em algumas áreas do trabalho, em função da transparência provocada pela diluição da tinta e, como também pela pincelada rápida, que sugere esboço. O uso de materiais distintos (para o desenho e para a pintura) demarcados pelas diferentes texturas, podem também colaborar para esse efeito processual.
Dentre os retratos, a obra que destaco possui também as características acima citadas, acrescidas do uso do preto para a demarcação dos contornos e de áreas de sombra intensa, e do branco para evidenciar as áreas de luz e ressaltar e o efeito de volume. 
Trata-se de uma pintura essencialmente gestual, pois é possível observar o ritmo das pinceladas e áreas de empaste de tinta impressas na tela.

foto: Adriano Bueno


Os Retratos pintados por Nívea Bracher (1960, 80, 90 e 2000) possuem um caráter de obras em processo. Tal efeito visual, referente ao aspecto inacabado das obras pode estar relacionado tanto ao desenho estrutural, visível em algumas áreas do trabalho, em função da transparência provocada pela diluição da tinta e, como também pela pincelada rápida, que sugere esboço.
 Por qual razão isto não poderia ser derivado de uma proposta do inacabado? Como diferenciar o inacabado da arte moderna com a ideia do esboço?

O uso de materiais distintos (para o desenho e para a pintura) demarcados pelas diferentes texturas, podem também colaborar para esse efeito processual.
Dentre os retratos, a obra que destaco possui também as características acima citadas, acrescidas do uso do preto para a demarcação dos contornos e de áreas de sombra intensa, e do branco para evidenciar as áreas de luz e ressaltar e o efeito de volume. 
Trata-se de uma pintura essencialmente gestual, pois é possível observar o ritmo das pinceladas e áreas de empaste de tinta impressas na tela.

Essa descrição pode ser melhorada. Você é um pintor e consegue, além dos aspectos mais objetivos da técnica relacionar com o resultado formal e, por consequência, visual.

Ouro Preto com árvore dramática

Ouro Preto com árvore dramática

Carlos Bracher
Óleo sobre tela - 100 x 200 cm - 2000
Tema: Paisagem

Trata-se de uma obra figurativa, pois consegue-se identificar o que é retratado.
Pictórica, onde percebe-se pinceladas com traçados fortes e movimentos enérgicos, não há linhas e contornos bem definidos, as tintas se misturam e não existe um limite demarcado entre elas, há sim uma solução de continuidade entre um traçado e outro. É nitidamente  perceptível a textura de camadas grossas de tinta.
Para se conseguir visualizar a imagem da obra, é necessário contemplá-la a uma certa distância, do contrário perde-se o desenho da mesma, e quanto mais próximo, mais se perde em definição e nota-se apenas os borrões de tinta.
Pelas tonalidades das cores a impressão que se tem, é de que se retrata à noite e a luz da cidade ilumina o céu por trás da igreja.








                                                                                                   Postado por Jane Alessandra Vieira Flor