30 de mar. de 2014

Alberto da Veiga Guignard

Alberto da Veiga Guignard. Coleção Priscila Freire


No contato direto estabelecido com a referida obra, por meio da experiência visual, procurei no primeiro momento identificar a natureza e constituição de seus materiais. A obra em questão possui medidas bem reduzidas, aproximadamente 30x20 cm, o que requer uma observação mais próxima para apreender todos os seus detalhes. A pintura não parece ser tinta à óleo pois apresenta uma textura pouco espessa e mais lisa. O material de suporte possui características semelhantes a uma prancha fina de madeira. Os tons cromáticos da tinta utilizada não são muito vivos, dando uma impressão de uma pintura antiga ou envelhecida. Retrata elementos figurativos, pois é possível reconhecê-los como sendo uma figura humana em primeiro plano e uma paisagem composta por algumas árvores ao fundo. Considero o estilo da obra como sendo pictórico. Embora seja possível identificar a paisagem que está no segundo plano ela não é muito nítida, dando a impressão de uma atmosfera nebulosa. A noção de profundidade se evidencia pelo fato da figura humana ser de um tom mais claro e nítido que o plano de fundo, o que se contribui com algumas sombras e luzes. As linhas que dão forma aos desenhos são borradas, chegando a algumas partes escapar do contorno e se misturar com outros elementos, passando uma noção de movimento. Alguns atributos presentes na obra identificados como sendo a figura de um homem seminu amarrado em uma árvore, atingido por várias flechas, parece lembrar a iconografia de São Sebastião. 

Por: Maurílio M. Marques.


                     
     
                                                                                                                                            

Alberto Delpino - Panorama da Cidade de Mariana

                                              
                                    Alberto Delpino (1864-1942): Panorama de Mariana,1895 (?).
                                                                Oléo sobre tela, 32,5 x 46,3cm
                                                                Belo Horizonte,Museu Mineiro.


O material utilizado na criação foi óleo sobre tela.Trata-se de uma obra do gênero paisagem,com traços firmes,delicados e minuciosos caracterizando as casas,igreja,montanhas e todo restante.
Pode-se dizer que é uma obra figurativa.


As montanhas em tom mais claro dá a noção de distanciamento,profundidade e as mais escuras,em tom verde, nos dá impressão de proximidade.A delineação entre montanhas de tom azulado faz separação clara do que são as montanhas e do que é o céu.


O campanário da igreja foi construído minuciosamente,bem como telhados,janelas e portas das casas.
Nos cavalos nota-se o leve movimento das patas dianteiras e o desenho de sua crina .




 Utilização de pinceladas curtas com máximo de detalhes,criando profundidade,movimento (do rio) e da pessoa no rio,tal como seu reflexo nas águas.

                                                                                      


                                                                                       Fotos e comentários por: Priscilla Caroline Lopes.



28 de mar. de 2014

Alberto Delpino - Panorama da cidade de Mariana em 1931


 É uma obra figurativa, óleo sobre tela, descrevendo as formas. É uma obra linear, os traços finos, bem definidos, uma definição bem clara e precisa no jogo de cores. A suavidade da coloração, a composição cromática, a definição sem borrar a tela.

   A mata aparece com um borrão sem manchas. A perfeição é tão precisa que dá para contornar  as formas, exigindo uma aproximação, uma meticulosidade. É um tratamento homogêneo para o suporte. O céu é nítido, não se mistura com a montanha mais distante. Percebe-se a variação cromática com o verde, onde uma cor mais clara dá a impressão de ser mais escura. Quanto mais distante, nota-se o azul.





Os detalhes dos telhados, a suavidade ao longe... É tão delicado observar bem de perto uma pessoa no rio e a outra bem em cima pela estrada. É tão evidente a luz que trans luz na obra que não se percebe se é um amanhecer ou entardecer. Enfim, é impressionante a suavidade dos gestos do artista, contornando a precisão do acabamento onde se completa com a moldura.


















                                                                    Texto e fotos feitas por Maria de Fátima Melo Barbosa.

27 de mar. de 2014

Sara Ávila

Sem título
Técnica mista
Sem data

A obra escolhida é não figurativa .Não reconheço a técnica, mas nota-se que o controle de movimentos ao executá-la deu a base pretendida pela artista e a aproximação faz com que apareçam os detalhes da pigmentação e dos espaços preenchidos pelo branco que deu forma à imagem. A aproximação também permite observar nuances dos tons obtidos.O suporte utilizado foi a madeira com base bem lisa que destacou a suavidade e leveza das técnicas empregadas.






Fotos: Luciana Lacerda

Ouro Preto com arvore dramática

Carlos Bracher
Obra: Ouro Preto com arvore dramática
Óleo sobre tela - 100 x 200 cm
2000
Tema: Paisagem

O Autor utiliza pinceladas largas, gestual e matéricas.
A não valorização das linhas e contornos apresenta uma imagem deformada, só sendo possível identificar a paisagem quando o observador esta a uma certa distancia da obra.

A obra tem predomínio de uma gama cromática constituída por tons frios, densa e escura. O cor azul do fundo da tela faz com que a paisagem esteja em primeiro plano. Sensação que ‘a praça” esta sendo projetada para fora da tela.





Fotos: Patricia Vaz de Mello Lavall


Ouro Preto com árvore dramática

Carlos Bracher - Ouro Preto com árvore dramática - 2000 - Óleo sobre tela. 100 x 200 cm

A presente obra faz uma retratação do gênero de paisagem, com o desenho de uma igreja da cidade de Ouro Preto.

Ao analisar a obra, observo pinceladas bem marcadas, demarcando partes com camadas grossas de tinta, que ao observar de longe, parece uma tentativa de dar distância. O artista fez uma utilização de cores mais escuras para constituir linhas que não são tão retas, mas que dão forma às partes, separando-as umas das outras. Há uma mescla de cores, prevalecendo cores escuras, mas nas marcas de pinceladas na obra é como houvesse uma mistura de tintas, sem a necessidade de limpeza no momento de usar outras cores. As cores e texturas também dão sentido de profundidade. Não há como distinguir se é dia ou noite. É uma imagem que, ao ser analisada de perto, não é identificável de imediato, assim, para conseguir compreendê-la, deve-se olhar de longe, devido a sua dimensão.





Fotos: Ana Carolina Assis Fonseca

26 de mar. de 2014

Anunciação. Obra de Alberto da Veiga Guignard, sem data. Coleção Priscila Freire

Ao observar essa imagem, percebo uma iconografia, uma figura alada e uma mulher. Na descrição deste trabalho, vejo duas imagens principais, a figura alada com às mão opostas e uma mulher de joelhos, também com as mão opostas. Mas o interessante é que existe uma diferença no ambiente. A figura alada se encontra em uma paisagem, já a mulher no interior de uma casa, mas o piso principal é o mesmo, observação,  cada uma ocupa um espaço diferente na área dos pés, um quadrado com graduação de cores. O trabalho apresenta ser uma aquarela feita sobre madeira, pois a suavidade e leveza da “tinta” demonstra isto. O fato de ser de madeira o suporte é porque apresenta veios, ou sucos, pequenas trincas na horizontal, bem característico da Madeira. Em alguns pontos, observam-se as marcas do pincel, linhas que demarcam o espaço, mas já em outros pontos, que as cores se misturam (dando a entender o efeito pictórico), já em outros partes não se identifica marca alguma, por isso a aquarela. Está obra foi feita para ser admirada à 2 metros de distância, pois se estiver muito perto, não mostra o sentido com clareza, pela falta de detalhes. Mas se olhar de longe, pelo fato de a obra ser pequena, dificulta o entendimento.

Um outro detalhe que chamou a tenção, na placa diz que não possui data, mas na obra eu encontrei a data de 1958, canto inferior direito , do lado da assinatura do Guignard.

Fotos Gilson Camilo de Sousa